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Por vezes lidamos com pessoas que estão irritadas o que dificulta a comunicação com essas pessoas. Muitas vezes demonstram a irritação falando alto e não ouvindo os nossos argumentos o que dificulta a resolução de um problema.

Hoje partilho algumas estratégias que podem ajudar nesta situação.

Tenha presente qual é a SUA intenção

Neste sistema (eu e o outro) só controlamos a nós próprios por isso vamos começar por aí.

Na situação de uma discussão mais acesa, tenha consciente qual é a sua intenção, o seu propósito. Tipicamente quer resolver um problema e a outra pessoa, devido ao seu estado de irritação, está a dificultar.

Cuidado que por vezes a sua intenção (inconsciente) é mostrar que tem razão. Essa intenção pode não ajudar a resolver o problema.

Além disso, às vezes somos influenciados pela irritação do outro e ficamos também irritados…o que também não ajuda.

Quando se encontra nesta situação, responda a estas três perguntas:

  1. Qual é a minha intenção nesta interação? Resolver um problema? Acalmar a outra pessoa? Encontrar uma solução? Esclarecer o que se passou? Justificar-me?
  2. Qual é o estado emocional que facilita esta intenção? O estado irritação não vai com certeza ajudar. Talvez um estado de calma, foco, paciência, empatia sejam mais facilitadores? Verbalize para si mesmo o estado que quer aceder.
  3. O que posso afazer para aceder a esse estado? Talvez respirar fundo ou dizer algo para si que o ajude.

Transforme o seu julgamento em curiosidade

Nestas situações tentemos a julgar o comportamento do outro…e ninguém gosta de ser julgado. E mesmo que não o diga verbalmente, a sua linguagem não verbal está a comunicá-lo e o outro a percecioná-lo consciente ou inconscientemente.

Em vez de julgar, observe com curiosidade o que está a acontecer. Ninguém lhe garante que se estivesse no lugar da outra pessoa, com a história de vida dessa pessoa, não teria exatamente a mesma reação.

Lembre-se também que “o mapa não é o território”. Chamemos mapa à nossa representação/perceção da realidade. Nenhuma pessoa tem um mapa igual ao de outra pessoa, o que é bastante curioso e a maior parte das pessoas não pensa muito nisto: a realidade que o nosso mapa representa (vamos chamar-lhe território que representa metaforicamente por exemplo uma situação) é sempre a mesma só que cada um representa dentro de si essa realidade de um modo diferente já que somos pessoas diferentes e prestamos atenção/valorizamos coisas diferentes.

Por isso, o mapa da outra pessoa tem tanto valor como o seu.

Observe com curiosidade e aceite que a reação do outro, no mapa do outro, pode ser uma reação que faz sentido.

É com certeza melhor do que entrar no mesmo nível de energia e responder com raiva e irritação.

Identifique quais são as necessidades do seu interlocutor

A irritação tem sempre uma causa. Esta causa pode ser ou não real (ou seja, pode ser uma história que a outra pessoa está a contar na sua cabeça e da qual nem sequer se apercebe). Seja ou não real, para aquela pessoa, no seu mapa, é bem real e está a senti-lo.

Tentar reduzir a importância da causa ou não ouvir a pessoa, não só não vai ajudar a resolver o problema, como vai piorar.

Pergunte-se: qual é a necessidade que a outra pessoa está a tentar satisfazer neste momento? Se satisfizer a necessidade, vai contribuir para alterar o estado emocional e acederem a outros recursos que vão facilitar a resolução da situação.

As emoções e a sua manifestação refletem necessidades como precisar de apoio, ser reconhecido/valorizado, as coisas serem feitas segundo os seus standards, sentir empatia, ter razão, etc.

Pode ajudar esclarecendo com a pessoa qual é a necessidade que não está a ser atendida. Pode fazê-lo simplesmente perguntando ou ajudando o outro a perceber qual é a sua necessidade dizendo por exemplo “Quando ouço isso percebo que estejas mesmo irritado porque sentes que não te estão a ouvir ou a tua opinião não esteja a ser valorizada”.

E lembre-se que nunca ninguém ficou mais calmo por lhe dizerem “acalma-te!”

Mais do que tudo, satisfaça a necessidade do outro de ser ouvido

Mais do que a necessidade de resolver o problema ou satisfazer uma das necessidades que dei como exemplo, na maior parte das vezes a necessidade do seu interlocutor no momento pode ser somente ser ouvido. Muitas vezes, quanto tentamos justificarmo-nos acabamos por passar a mensagem que não estamos a ouvir.

Por isso, mais do que tudo, mostre que está a ouvir genuinamente seguindo estas

6 dicas práticas para lidar com quem não nos ouve (e ouvir melhor).

Muitas vezes estamos a ouvir mas o outro não tem essa perceção. Há coisas que pode fazer para ouvir melhor e passar a mensagem de que está a ouvir.

E se nada funcionar?

Há pessoas que se alimentam de discussões e até gostam dessa energia. Faz parte do guião sobre quem são: “não levo nada para casa”, “eu sou refilão”, “a mim não me calam”.

Se não conseguirem sair da “energia” da exaltação e irritação pode valer a pena sugerir fazer uma pausa para voltarem com outra disposição para resolver o problema.

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AO COMANDO DA OBJETIVO LUA

Ana Relvas, Ph.D & Consultora de Desempenho

Ana Relvas é a propulsora da Objetivo Lua, projeto que cresceu da sua vontade em ajudar outros a concretizarem o seu potencial e foi construído sobre uma carreira de mais de 10 anos como Gestora e Engenheira Aeroespacial.

É esta experiência que, aliada à formação como Coach e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, permite entender os desafios profissionais atuais e desenhar programa para cada pessoa, equipa ou empresa.

 

 

 

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