Todos temos tarefas que não nos apetecem fazer e adiamos a execução das mesmas, às vezes até ao limite. A isso chama-se procrastinação e é uma das fontes de falta de produtividade de alguns de nós.
Recentemente investigadores do comportamento humano definiram um novo termo, PrÉcrastinação, que é o oposto da procrastinação e aparentemente mais virtuoso.
Précrastinação é a tendência para completarmos ou pelo menos iniciarmos uma tarefa assim que possível, mesmo às custas de maior esforço físico.
Aparentemente o ganho é termos a sensação que estamos a livrar-nos da tarefa.
A experiência: qual a distância que carrega o balde?
Resumidamente, o Dr. Rosenbaum e colegas desenharam várias experiências em que pediam a pessoas para escolherem um de dois baldes e transportarem-no até um sítio pré-definido. Ficaram surpreendidos quando observaram que muitas pessoas escolhiam o balde mais próximo de si, mesmo isso implicando terem que realizar uma maior distância com o balde, ou seja, um maior esforço físico.
Explicaram este comportamento, aparentemente irracional, pela motivação dos participantes completarem rapidamente a primeira sub-tarefa (escolher o balde). Sugeriram que uma determinada tarefa/objetivo nos sujeita a uma carga mental e que a motivação primeira dos participantes foi libertarem-se dessa carga cumprindo o objetivo.
A escolha do balde mais perto dava-lhes a sensação de que iriam despachar a tarefa mais depressa, que a realização do objetivo principal estaria também mais próxima. O surpreendente foi que muita gente o fez.
Gastamos mais energia só para tirar uma tarefa da nossa cabeça
Muita gente está disposta a gastar mais energia física (e tempo) para reduzir o esforço mental. Já com certeza passou pelo “eu quero é despachar isto e tirar isto da vista”: o prazer de limpar tarefas.
Qual é o impacto que este fenómeno tem no nosso dia-a-dia em particular no modo como gerimos o tempo?
Um dos fenómenos que me ocorre é muitos de nós preferem despachar pequenas tarefas como ver o email ou outras coisas em vez de outras tarefas importantes porque isso nos dá a pequena (e aparente) recompensa de estarmos a avançar.
Outras das implicações é fazermos algo demasiado cedo para o tirarmos da vista e por alguma razão depois ter que o voltar a fazer ou corrigir (por exemplo preparar algo algum tempo antes do prazo e até lá alguém lhe envia mais informação ou correções).
O que fazer?
Uma coisa que pessoalmente me ajuda é ter um sistema em que confio e posso despejar as coisas para fazer e poupar energia mental.
Avalie se tem précrastinado e da próxima vez que tiver vontade de o fazer pergunte-se se não estará a gastar mais energia…porque às vezes procrastinar pode ser bom!
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Ana Relvas é a propulsora da Objetivo Lua, projeto que cresceu da sua vontade em ajudar outros a concretizarem o seu potencial e foi construído sobre uma carreira de mais de 10 anos como Gestora e Engenheira Aeroespacial.
É esta experiência que, aliada à formação como Coach e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, permite entender os desafios profissionais atuais e desenhar programa para cada pessoa, equipa ou empresa.