Uma das raízes dos problemas de comunicação e da incapacidade para criar uma relação de empatia é que muitas vezes não ouvimos os outros para os entender mas sim para responder logo de seguida, em geral para falarmos de nós e das nossas opiniões.
Tenho observado isto ultimamente em várias interações. A mais caricata foi a interação de duas velhotas que não se viam há muito tempo. Uma perguntava à outra quantos filhos tinha e quase sem ouvir a resposta começava a falar dos próprios filhos. Depois passou aos bisnetos e, depois de saber quantos a outra tinha, falava dos seus. Seguiu-se o tema do que cada um conseguiu na vida. A resposta da outra servia como base para ela falar dela mesma e mostrar “o quão mais rica era” (estou a citar). Foi uma conversa de surdos muito divertida de observar já que a outra também queria contar as suas histórias.
Quantas vezes nem ouvimos bem o que os outros nos dizem porque já estamos ligados a qualquer coisa que isso nos fez lembrar, da história que vivemos, da nossa opinião e estamos só à espera que o outro acabe de falar para contar a nossa parte. Neste processo perdemos a capacidade de prestar genuína atenção e demonstrar interesse.
-Então as férias, foram boas?
-Sim, estive na praia!
-Eu também estive na praia, sabes lá o que me aconteceu…bla bla bla
Toda a gente gosta que lhes deem atenção e de serem ouvidos, ou seja, em qualquer interação há pelo menos duas partes que consciente ou inconscientemente procuram satisfazer essa intenção. Imagine o que será ter esta consciência e passar a ouvir com real interesse o que os outros lhe contam…imagine como fará o outro sentir-se! Será esta uma estratégia para criar relações mais fortes? Comece por divertir-se a observar as interações à sua volta e depois faça a experiência: em vez de ouvir para responder, ouça para entender!
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AO COMANDO DA OBJETIVO LUA

Ana Relvas, Ph.D & Consultora de Desempenho
Ana Relvas é a propulsora da Objetivo Lua, projeto que cresceu da sua vontade em ajudar outros a concretizarem o seu potencial e foi construído sobre uma carreira de mais de 10 anos como Gestora e Engenheira Aeroespacial.
É esta experiência que, aliada à formação como Coach e Master Practitioner em Programação Neurolinguística, permite entender os desafios profissionais atuais e desenhar programa para cada pessoa, equipa ou empresa.